Trote, solidário ou não, sempre deixa suas marcas. Sempre acreditei que o trote é parte da cultura acadêmica, quando fiz meu primeiro vestibular fiquei louco pra poder levar o trote e sair na rua para que os demais me vissem e me identificassem como careca universitário. Quando fiz minha segunda graduação fiquei impressionado, pois não aconteceu trote. Ah! só pra constar, minha segunda graduação foi na Anhanguera, onde ocorreram os trotes "violentos" da última semana. Acredito no trote como um rito de passagem. Faz bem, mostra que o indivíduo deu mais um passo a frente. O problema acontece quando os limites são rompidos, o respeito pelo próximo é deixado de lado. Ontem num happy hour no "Buteko", restaurante aqui de Leme, fiquei sabendo como foi a preparação para o trote dos alunos de veterinária. Deixaram frangos mortos dentro de um tambor pra "curtir" desde dezembro do ano passado, esses animais foram misturados ao monte de estrume e aos calouros. Até ai, não vejo muitos problemas. A maioria das instituições brasileiras fazem vista grossa para os trotes. Somente quando acontece alguma denuncia, como agora, é que as instituições prometem medidas enérgicas. O esforço de marketing gerado para que uma instituição saia de uma enrascada como essa é relativamente grande. A empresa, ou instituição, afetada por uma crise de imagem como essa, deve atender a todos os pedidos de entrevista da impressa, séria, e não a "marrom", mostrar seu posicionamento quanto a questão, ou seja, contrário. Para que exista uma boa avaliação da opinião pública a instituição deve chamar a responsabilidade para si. Punir com rigor os envolvidos, e ter uma política eficaz sobre os trotes, mesmo que tenham que ser regulamentados e não se desreponsabilizar porque foram feitos fora dos portões da Instituição. A Anhanguera Educacional conseguiu mídia espontânea com todo esse alvoroço, internet, tv aberta, tv paga, rádio, jornal, revista, roda de conversas. O Brasil inteiro sabe agora que existe o curso de medicina veterinária em Leme, mas também sabe que existe o trote violento.
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